depressão
Depressão
Considerada o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes.
A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente.
Hoje, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional.
Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.
Tristeza x Depressão
Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave.
Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas:
- Apatia
- Falta de motivação
- Medos que antes não existiam
- Dificuldade de concentração
- Perda ou aumento de apetite
- Alto grau de pessimismo
- Indecisão
- Insegurança
- Insônia
- Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas
- Sensação de vazio
- Irritabilidade
- Raciocínio mais lento
- Esquecimento
- Ansiedade
- Angústia.
Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como:
- Dores de barriga
- Má digestão
- Azia
- Constipação
- Flatulência
- Tensão na nuca e nos ombros
- Dores de cabeça
- Dores no corpo
- Pressão no peito.
Estes são alguns dos indícios da depressão. Mas, se houver dúvida, procure um especialista para ter um diagnóstico e tratamento corretos. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois, esses profissionais irão se basear nestes dados para poderem prescrever um tratamento e a partir daí o paciente voltar a ter qualidade de vida, com alegria e bem estar.
Tipos de Depressão
Existem diversos tipos de distúrbios de depressão. Os mais comuns são:
Episódio depressivo
Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento, passando por um episódio depressivo apresenta sintomas da síndrome depressiva, como:
- Humor deprimido
- Falta de energia
- Falta de iniciativa e vontade
- Falta de prazer
- Alteração do sono
- Alteração do apetite
- Lentificação do pensamento
- Lentificação motora.
Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas.
Transtorno depressivo maior
Se uma pessoa começa a ter quadros depressivos recorrentes ou mantém os sintomas de depressão por mais de seis meses com uma intensificação do quadro, pode-se considerar que ela esteja passando por um transtorno depressivo maior.
Normalmente o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional.
Depressão Bipolar
As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como:
- Agitação
- Ocupação com diversas atividades
- Obsessão com determinados assuntos
- Aumento de impulsividade
- Aumento de energia
- Desatenção
- Hiperatividade.
Distimia é uma forma crônica de depressão, porém menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo – muitas vezes, dois anos ou mais.
O paciente com distimia pode perder o interesse nas atividades diárias normais, se sentir sem esperança, ter baixa produtividade, baixa autoestima e um sentimento geral de inadequação. As pessoas com distimia são consideradas excessivamente críticas, que estão constantemente reclamando e são incapazes de se divertir.
Depressão Atípica
Normalmente os quadros de depressão costumam ser melancólicos, em que o paciente apresenta principalmente tristeza e pensamentos de morte, desesperança e inutilidade. A depressão pode ser atípica quando há predomínio de falta de energia, cansaço, aumento excessivo de sono e o humor apático.
Depressão sazonal
O maior exemplo de depressão sazonal são os episódios de tristeza relacionados ao inverno, que ocorrem devido à baixa exposição à luz solar.
Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas às épocas do ano, por exemplo, durante as festas de final de ano onde os níveis de estresse acabam aumentando.
Fique atento com períodos de tristeza de desânimo que acontecem em períodos épocas específicas – sempre que está frio ou sempre próximo de uma data específica, por exemplo.
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto ocorre logo após o parto. Os sintomas incluem tristeza e desesperança. Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente. Elas acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto.
Depressão Psicótica
A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, e não só quem tem histórico de psicoses na família.
Fonte: www.minhavida.com.br